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PERSPECTIVAS AMBIENTAIS PARA A REGIÃO SUL: BATE-PAPO COM O DEPUTADO DANIEL TRZECIAK

Sentindo a necessidade de ouvir nossos representantes no Parlamento, quanto ao que pensam sobre as questões e demandas de meio ambiente da nossa região, destaco neste primeiro texto o bate-papo animado como o Dep. Daniel Trzeciak, o Daniel da TV, 32 anos, natural de Dom Feliciano, jornalista, liberal, vereador de Pelotas (2017-2018) e eleito deputado federal pelo PSDB, com mais de 74 mil votos. Um jovem, cheio de gás, de nome limpo e preparado, que chega no Congresso Nacional num momento de grande renovação política.

FOTO: Deputado Federal Daniel Trzeciak


Durante seu período como vereador foi duramente criticado pelos colegas ao abrir mão da verba de gabinete para gastos com fotocópias, correios e telefone. Na tribuna, defendeu sua decisão usando o livro "Um país sem excelências e mordomias", escrito pela jornalista brasileira, radicada na Suécia, Claudia Wallin. Na campanha prometeu levar o conceito “Gabinete Custo Zero” para a Câmara Federal e assim que tomou posse veio o primeiro exemplo ao abrir mão do auxílio-mudança, o qual doou integralmente para o Pronto Socorro de Pelotas. Mais do que isso, ele não faz uso do auxílio moradia, desistiu do plano de aposentadoria especial para deputados federais e o seu primeiro projeto, enquanto deputado, com vista redução geral dos gastos, propõe acabar com o auxílio-mudança para parlamentares reeleitos, no qual tem como parceiros os deputados Celso Sabino, Lucas Redecker e Tereza Nelma. Aliás, os gastos do deputado se mostram bastante modestos e o sistema de acompanhamento do gasto, que o site da Câmara proporciona, deveria ser copiado pelo legislativo municipal.


Daniel diz ter como principal bandeira de seu mandato a duplicação da BR-116 e temos visto sua mobilização em torno do tema. Recentemente ele assumiu a titularidade de duas comissões: a de “Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática” e a de “Cultura”. Também, a suplência da comissão de “Seguridade Social e Família”. Apesar de meio ambiente não estar entre as áreas que melhor domina, se diz preocupado com as questões ambientais e atento ao forte impacto da poluição sobre as iniciativas de turismo. Ao aderir à Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, relançada na última semana, tem defendido que é preciso potencializar a capacidade turística do país, aproveitando as belezas naturais e incrementando o setor de serviços voltado para a área. Que apesar do grande potencial do Estado e de regiões como a da serra gaúcha, que já recebe turistas o ano todo, outras regiões, como Pelotas, com belas praias de água doce, podem se transformar em novos polos de desenvolvimento turístico. No entanto, sabemos que estão fortemente comprometidas pelas falhas e dificuldades do nosso precário sistema de tratamento de esgoto.


Na sequência questionei, então, se ele vislumbra condições de ampliarmos o investimento no saneamento básico da cidade e a resposta foi que não e que vamos precisar caminhar na direção de parcerias público privadas (PPP) se quisermos alcançar alguma solução, num tempo razoavelmente pequeno. São obras de infraestrutura muito caras, cujo o aporte necessário normalmente foge da realidade financeira do município, porém necessárias e precisam ser vistas como prioritárias. Afinal, saneamento também é uma questão de saúde pública, com forte repercussão na economia de um município. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reviu os cálculos e agora estima que para cada R$ 1,00 investido em saneamento, economiza-se R$ 9,00 em saúde. Portanto, todo esforço compensa e temos pressa. A cidade não vai para frente se a gente não avançar. Estamos no mesmo barco, lembrou.


Avançamos na conversa e falamos de aspectos mais regionais: aplicações de emendas; investimentos de porte e geração de receita, emprego e renda como as da rede de lojas HAVAN; expansão da capacidade geradora de energia eólica; e o modal hidroviário do Mercosul (Brasil-Uruguai). Disse que o Governo Federal contabiliza milhares de obras paralisadas e/ou inacabadas e que neste momento a hidrovia não é prioridade. Justifiquei a importância do empreendimento para o desenvolvimento regional, que apesar do custo elevado de implantação talvez possa acontecer dentro do interesse privado, por meio de um consórcio de empresas interessadas em explorar alternativas ao transporte de cargas e mercadorias, mais eficientes, seguras e sustentáveis. E já que não dispomos do dinheiro devemos começar pela construção política da ideia, que precisa ganhar espaço no discurso e no debate com a sociedade. Quem sabe reunir a expertise acadêmica das nossas Universidades e centros de pesquisa, reconhecer os atores e possíveis usuários, pontos de sinalização, portos e demandas, como: o fortalecimento da eclusa e a dragagem do canal de navegação. Enfim, precisamos pensar juntos na melhor estratégia. Sou parceiro! Afirmou o deputado.

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Publicação original

Artigos do Diário Popular (27/03/19)

Link: https://www.diariopopular.com.br/opiniao/perspectivas-ambientais-para-a-regiao-sul-bate-papo-com-o-deputado-daniel-trzeciak-139907/

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